NUDEZ. Se você não me admira nua de títulos, de passado profissional e académico, de prémios e honras, de medalhas e de conquistas que me foram atribuídas por outras pessoas ou circunstancias, sob as quais eu tenho ou tive pouco ou nenhum controle, então, meu caro, sejamos sinceros, você não me admira.
Dentre todas as coisas do mundo e entre todas as artes e ofícios, eu escolheria escrever. Não porque quero, mas porque preciso. Ainda que ninguém lesse, ainda que ninguém gostasse. Ainda que o caderno ficasse trancado no armário da cabeceira, eu escreveria. É na entrega de se fazer com paixão (tanta, mas tanta, que é quase uma obrigação) o que se ama que mora a verdadeira realização. Tem gente que ama o aplauso ou a recompensa. Eu amo o processo.