AMO MUITO TUDO ISSO. Não sou escritora. Eu escrevo. São
coisas diferentes. Escritor e profissão, escrever e vocação. Ainda que tivesse
todo o dinheiro do mundo, toda a fama e todo o reconhecimento em qualquer
profissão ou papel, ainda assim, eu escreveria. Ainda que ninguém lesse, ainda
que ninguém gostasse, ou comentasse. Ainda que o caderno ficasse trancado no
armário da cabeceira, eu escreveria. É na entrega de se fazer com paixão (tanta,
mas tanta, que é quase uma obrigação) o que se ama que mora a verdadeira
realização. Tem gente que ama o aplauso ou a recompensa. Eu amo o processo.
CARTA À IRMANDADE DAS ULTIMAS A SEREM ESCOLHIDAS NA AULA DE EDUCACAO FISICA. Queridas meninas, como estão? Já se passaram alguns anos, não é mesmo? Como a vida as tem tratado? A coordenação motora melhorou? A minha, não muito. Quando vejo uma bola de vólei vindo em minha direção, ainda me escondo, mas não choro mais (a terapia tem ajudado). Lembram-se como a conversa era interessante no banco na frente da quadra? Ali, esperando a nossa vez, podíamos contemplar toda a graça e competitividade que emanavam dos superatleticos, aqueles deuses da consciência corporal e do controle das mãos e dos pés. Eles se envolviam no jogo, né? Se importavam mesmo com aquilo, dava ate briga as vezes. Coisa engraçada... Enfim, escrevo-vos para contar que estou prestes a concluir uma façanha e tanto. Domingo agora, dia 20, correrei uma maratona. Uma inteirinha. Os 42, 195K todinhos. Sim, vocês entenderam direito. Um quilometro pra cada apelido engraçado que me colocaram quando eu era gordinha e descoo
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