Se eu soubesse Que o tempo passa tao depressa Teria ficado para o chá Teria te dito que te amava E que não me importava Com as migalhas pelo chão Se eu soubesse Que o tempo passa tao depressa Teria remarcado a passagem Teria fotografado a viagem Teria criado coragem A verdade é que eu sabia E por medo, fingia Que o tempo não existia A culpa é do tempo, menino perdido Como tudo que tem pressa As vezes atropela, e as vezes passa batido.
Dentre todas as coisas do mundo e entre todas as artes e ofícios, eu escolheria escrever. Não porque quero, mas porque preciso. Ainda que ninguém lesse, ainda que ninguém gostasse. Ainda que o caderno ficasse trancado no armário da cabeceira, eu escreveria. É na entrega de se fazer com paixão (tanta, mas tanta, que é quase uma obrigação) o que se ama que mora a verdadeira realização. Tem gente que ama o aplauso ou a recompensa. Eu amo o processo.